
O Ministro da Defesa condena críticas das FADM – O ministro da Defesa moçambicano, Cristóvão Chume, condenou o comportamento daqueles cidadãos que tentam desvalorizar o empenho e a bravura das Forças Armadas de Moçambique (FADM) na luta contra o terrorismo que assola partes da província nortenha de Cabo Delgado.
De acordo com o Clube Off Mozambique, o ministro falava terça-feira, na cidade de Cuamba, província do Niassa, no norte, durante as cerimónias de comemoração dos 47 anos do Ramo do Exército das FADM, evento realizado sob o lema “Exército Comprometido na Melhoria para Enfrentar as Demandas Atuais”.
Chume argumentou que quem denuncia as FADM nas redes sociais está a apoiar efectivamente o extremismo violento, em Cabo Delgado, onde as FADM, apoiadas por contingentes militares da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM) e das Forças de Defesa do Ruanda, continuam a realizar operações de eliminar terroristas.
A “amnésia” dos que se opõem às operações antiterroristas “não deve desencorajar o real sentimento que o nosso povo tem de que Moçambique permanecerá sempre independente. Defendemos esta pátria desde a independência nacional com estas Forças Armadas, com este ramo, o Exército, na linha da frente, e sempre será assim”, disse Chume.
Segundo o ministro, a solidariedade de outros países não substituirá o papel constitucional e mandato das FADM e, em particular, as missões específicas do ramo do Exército.
Ele observou que as nações do mundo enfrentam atualmente ameaças de natureza militar e não militar, devido à ocorrência, com maior frequência, de desastres naturais.
“É para esta nova dimensão que olhamos e avançamos, reconhecendo a necessidade incessante de empoderar o Exército para que possa projetar o seu poder para responder às exigências das alterações climáticas e também às múltiplas necessidades do nosso povo”, explicou.
Acrescentou que as necessidades do Ramo do Exército, pilar das transformações das FADM, estão actualmente expressas no Teatro Operacional Norte, sobretudo em alguns distritos de Cabo Delgado.
“Acreditamos que os nossos seguidores não vão desarmar”, frisou. “Não vamos desistir, aconteça o que acontecer, custe o que custar, vamos vencer”.
“Hoje, podemos garantir que nosso país nunca será derrotado, porque nossas tropas estão determinadas a defender cada milímetro de nosso território e garantir a segurança de nossas fronteiras”, sublinhou Chume.
Desde os primeiros ataques jihadistas em outubro de 2017, os ataques terroristas em Cabo Delgado deixaram quase 4.000 pessoas mortas e forçaram cerca de 900.000 cidadãos a fugir de suas casas.
Assista ao discurso completo do ministro Chume.